quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Log Cabin

Estilos de Patchwork que já aprendi:

A segunda técnica de patchwork que aprendi foi o Log Cabin – fiquei extasiada! A possibilidade de combinações e variações lindíssimas é infinita! Assim, comecei a pesquisar e descobri a  linda história que existe na origem dessa técnica, que vou dividir com vocês:
O coração da casa
Log Cabin (Cabana de Toras) é um dos designs mais populares e facilmente reconhecíveis do patchwork. Partindo de um centro, normalmente um quadrado, o design tradicional é feito costurando tiras seqüenciais ao redor do quadrado central, variando entre cores claras e escuras.
Para encontrarmos a história da técnica precisamos rememorar os pioneiros americanos do século XIX, que viviam em cabanas de toras. O Log Cabin é um símbolo de suas casas. As tiras são costuradas a partir do centro assim como as toras eram encaixadas a partir de uma pilastra central da cabana (normalmente a lareira). É por isso que tradicionalmente o centro do Log era vermelho, simbolizando o coração da casa, ou mesmo o fogo no coração da casa (vale lembrar que a lareira era necessária para a sobrevivência no inverno americano). A cor amarela também era comumente usada no quadrado central simbolizando uma lanterna como um gesto de hospitalidade. 
Os tecidos utilizados eram qualquer um que houvesse disponível – flanela, sacaria, sobras de roupas e retalhos em geral. O Log sempre foi apreciado justamente por poder utilizar mesmo tiras finas de retalhos como “toras”.
Este bloco faz parte dos chamados quilts abolicionistas, juntamente com outros como o “Birds in the air”“Evenning Star”, etc., e se popularizou no período posterior a  Abraham Linconl (1809-1865), quando uma casa tinha uma colcha de log cabin na janela, cujo centro era preto, representava a casa de um abolicionista e por isso, segura para um escravo fugitivo.
Por sua versatilidade, com criatividade é possível formar diferentes desenhos geométricos apenas mudando o quadrado central de posição, dando origem a diversos outros blocos.
Assim, os blocos de Log podem ser unidos de várias maneiras, obtendo-se diferentes modelos, vários deles têm nomes próprios como Barn Raising (celeiro crescendo),Sunshine and Shadow ou Light and Dark (luz do sol e sombra) e Straight Furrow(bem vincado). Simples de fazer e com a facilidade de poder utilizar mesmo as menores sobras, esse bloco tornou-se rapidamente amado pelas quilteiras.
Barn Raising (feito por Harriet Holden – 1880), Light and Dark (feito por Sarah O. Traylor – 1850-60), Straight Furrow (feito por Clarinda B. Graham – 1878)
O Log Cabin pode ser feito tanto em pieced (medindo e unindo as tiras) ou em foundation (ou paper piecing), entretanto os primeiros blocos eram feitos nesta última técnica , isso porque as quilteiras utilizavam no bloco todo tipo de retalhos cuja cor combinasse, independentemente do tipo de tecido. Assim uni-los tendo um tecido base (foundation) propiciava a precisão e estabilidade necessária à confecção.
Agora que já conhecemos a história dessa técnica, apresentarei a vocês meus primeiros tabalhos em Log Cabin:

Hoje comumente vemos o uso do bloco com os mais diversos tecidos, utilizando sobras, transformando pequenos retalhos em obras de arte, em uma brincadeira geométrica de puro bom gosto, em uma explosão de cores e estampas! 
Agora que já conhecemos a história dessa técnica, apresentarei a vocês meus primeiros tabalhos em Log Cabin: 


Esse é um belo caminhop de mesa, em preto e branco, como minha sala: Para combinar, almofadas:



Assim ficou a parte de trás das almofadas. 
Espero que tenham gostado. 
Paz e Luz! 
Laura

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Patch Apliquê, Patch Colagem ou simplesmente... Aplicação!

Estilos de Patchwork que já aprendi:

Patch Apliquê:
patch apliquê, ou patch colagem, é uma técnica ornamental utilizada para decorar roupas, toalhas e tecidos com utilidades diversas, cuja produção é simples. Para fazer um patch apliquê básico, é preciso tecido de estampas diversas, papel termocolante, agulha, linha, ferro de passar e muita criatividade. 
O pacth apliquê é a aplicação de tecido sobre tecido, dando a possibilidade de utilização de qualquer figura.
Trabalhos que já fiz usando o patch apliquê:

Caminho de Mesa de Natal:




Como vocês podem ver, apliquei um boneco de neve.

Panô de Natal:


O pinheirinho foi aplicado, a sagrada família e a estrela são lindos botões de madeira. Observem que utilizei sobras dos tecidos do caminho de mesa para fazer o panô. Ambos ficaram lindos!
Depois posto um passo-a-passo dessa técnica.
Bjs no coração!
Paz e Luz!
Laura

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Patchwork - Colagem em Parede



Quer inovar?
Que tal preparar uma patchcolagem em sua parede?
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Olha que lindas ficaram as paredes abaixo:
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Sua parede ficará linda e exclusivam porque não existe um patchwork igual ao outro!
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Parede de Patchwork 8
Sua casa ficará elegange, bonita e muito personalizada, afinal, você vai criar arte em suas paredes, exprimindo seus sentimentos, emoções e amor! Tudo de bom, não é?
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Os pedacinhos de papel que vão compor seu patchwork podem ser do mesmo tamanho ou irregulares.
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Podem ser grandes ou miúdos, ter cores vibrantes ou suaves, serem feitos com papel ou com tecido.
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E ainda dá para criar em cima. Veja que graça esses painéis com aplicação de adesivo de parede por cima do patchwork:
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Antes de fazer, experimente as combinações entre os padrões. Tenha apenas a preocupação de usar, pelo menos, uma cor comum em todas as estampas ou distribuir igualmente uma cor ou um padrão para que a composição fique equilibrada.
patchwork na parede
Se não quiser encher a parede toda, pode fazer apenas adornos de patchwork. Basta encapar e prender com cola ou grampeador o tecido numa tela branca.
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Esse aqui virou cabeceira de cama
PASSO-A-PASSO DE PATCHWORK NA PAREDE:
MATERIAL
- Prumo ou nível (geralmente tem um embutido na trena)
- Estilete afiado (se estiver cego, pode estragar o papel)
- Pincéis e rolos
- Rolo de borracha (se quiser) alisar o papel
- Bandeja de pintor para a cola
- Lápis macio
- Fita métrica
- Escada
- Espátula- Esponja- Papel de presente ou de scrapbook – compre sempre em quantidade maior do que for utilizar. Também pode ser feito com tecido.
- Cola própria para papel de parede, se o seu papel não for auto-adesivo.
- Verniz ou cola para bricolagem (transparente)
COMO FAZER
  • Escolha a parede. Retire toda a poeira. Ela deve estar limpa e sem rachaduras.
  • Escolha os papéis de presente com estampas diferentes (não podem ser brilhantes). Os papéis para scrapbook (fino) são ótimos.
  • Tire a medida da parede e calcule a quantidade dos recortes de papel (padrão de 30,5 x 30,5cm) necessária para cobri-la, deixando uma sobra de 2 cm de cada lado. Nada impede que use outra medida.
  • Tome o cuidado de cortar o papel de forma que os desenhos das tiras casem, quando colocadas nas paredes. Faça um sinal nas costas do lado que deve ficar para cima, para que não haja risco de colar o papel invertido, com o desenho pra baixo.
  • Marque linhas verticais com a ajuda do prumo – a primeira linha deve ser marcada considerando-se a largura do papel menos dois centímetros. (A sobra, depois de colado o papel, será retirada com estilete.)
  • Pra ver melhor como vai ficar na parede, e antes de colar, você pode fazer uma montagem de teste com fita crepe por trás.
  • Pode usar cola branca mesmo (Cascorez) ou uma própria para papel de parede. Com um rolinho fica mais fácil espalhar a cola de cima para baixo, o suficiente para colar 2 de cada vez.
  • Com a ajuda da linha vertical traçada, posicione o papel. Deixe sempre uma sobra de papel para cima do limite do teto com a parede.
  • Passe uma espátula ou um tecido seco sobre o papel, para alisar e eliminar bolhas de ar. Se ainda existir alguma bolha, fure-a com uma agulha bem fina, para que o ar possa sair sem danificar o papel.
  • Continue até cobrir toda a parede!
  • Marque o limite da parede com o teto com a espátula. Corte as sobras com ajuda de uma régua ou esquadro e do estilete.  Aguarde 24 horas para secar.
  • Depois que secar passe uma demão de cola ou verniz para bricolagem (transparente) para criar uma camada protetora para o papel.
Pronto! Agora já tem uma parede de destaque em sua casa, gastando pouco!
Esse vídeo do Bolsa de Mulher ensina uma outra maneira de fazer:


Se quiser mais inspiração visite o blog La na Ladeira, onde você vai ver, dentre outros:
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E então, meninas, mãos à obra?
Paz e Luz!
Laura.

História do Patchwork e Quilting


Oi, meninas, hoje, inaugurando esse espaço, vou conta para vocês um pouquinho da história do patchwork e do quilting, que são parceiros no mundo das artes manuais e tem estado juntos por milhares de anos, cada um com sua história retendo suas próprias características. Ambos podem ser funcionais e/ou decorativos e ambos tem sido reinterpretados continuamente por sucessivas gerações.
Como prática habitual, o quilting retrocede a muitos séculos em muitas partes do mundo, mas como os tecidos são frágeis, sobreviventes antigos são raros. A palavra quilt provem do latim “culcita”, uma espécie de colchão ou almofadão enchido com algo macio e quente (assim como penas, lã ou cabelos) e usado para se deitar ou cobrir.
As evidências da existência do quilting retrocedem a vários séculos antes dos romanos. Locais de escavações (nos quais objetos foram preservados dos efeitos destruidores da luz, do ar, poeira e do uso) tem fornecido os achados mais antigos. Uma estatueta de marfim esculpido, encontrada no Egito e datado de 3.400 AC, mostra um rei do Baixo Egito envolto em um manto no qual a decoração gravada tem as características de um quilting e o padrão emprega as mesmas combinações de diamantes ou losangos, tão populares hoje em dia. Um tapete funerário, achado na Rússia no chão de um túmulo de algum chefe e datado algo entre 100 AC a 200 DC  é provavelmente o item mais antigo de quilting que sobreviveu. Um dos mais bonitos correlatos de sobreviventes é um elegante chinelo em quilting encontrado em um monte de lixo de uma guarnição do exército Tibetano, na Estrada da Seda e provavelmente feito entre 750 e 860 DC. É destes raros e muito danificados fragmentos que se procura construir uma história para o antigo quilting.
Um dos mais importantes usos do quilting em muitas sociedades antigas foi na confecção de armaduras pessoais. Fortes, bem assentados e bem “quilted”, os tecidos faziam uma efetiva defesa contra golpes de espadas, lanças e flechas. Eram usados pelos exército chinês e japonês e pelo “Rajputs” da Índia e através da Europa até a Idade Média.
Artigos sobreviventes ocasionais como alguns quilts encontrados na Sicília, os quais datam do final do século catorze, nos dão uma pequena evidência direta de estilos e técnicas em uso em sociedades e períodos particulares e somente quando nós vamos bem a fundo na Idade Media que encontramos suficientes evidências escritas para construir uma história coerente. Mas, mesmo estas notas escritas, contam somente a parte da história que se refere aos ricos, porque as referências ocorrem nos relatos e inventários das famílias das classes superiores. Porém é razoável supor que as mulheres das famílias pobres que faziam os quilts a que estes relatos se referem, também devem ter usado quilts nos seus lares. Portanto, quilts e vestimentas quiltadas devem ter sido usadas tanto em lares mais ricos como nos mais pobres.
Há também uns poucos exemplos sobreviventes de patchwork, precisamente porque ele era uma técnica de reciclagem, usando peças que muitas vezes já haviam sido bem usadas de outra maneira. Algo como “fazer e remendar”.
Até o início do século XVII, muitos tecidos eram produzidos em casa em teares domésticos, onde primeiro se plantavam as fibras, depois se torciam os fios e finalmente teciam os panos. Estes eram bens valiosos e somente eram descartados quando usados ao máximo e seu possível uso estivesse esgotado. O seu fim era muitas vezes em patchwork.
Bons exemplos de quilting inglês vieram do começo do século XVIII. Estes sobreviventes eram muitas vezes partes de vestimentas e colchas para camas. O patchwork inglês não era necessariamente “quilted”. Muitas vezes era somente liso, e conseqüentemente menos robusto e durável.
Patchwork e Quilting eram ocupações comuns na maioria das sociedades, precisamente até o tempo em que revestimentos e cobertas de cama manufaturados ganharam disponibilidade geral. Depois continuaram associadas aos pobres que não podiam adquirir as peças prontas, manufaturadas. Esta associação entre patchwork e pobreza durou ate a mudança dos padrões sociais após a segunda Grande Guerra, com mais mulheres saindo de casa para trabalhar.
Certas áreas das Ilhas Britânicas tem particularmente tradições muito fortes de patchwork e quilting.
Eles produzem suas distintas peças e estilos de quilting e são os lugares onde a popularidade do patchwork e quilting foi menos afetada pelas mudanças sociais deste século. Os exemplos mais marcantes são o País de Gales e as regiões do norte (Northumberland, Durham e pôr extensão, Cumbria). Quilting elaborado e denso em padrões tradicionais e característico de ambas as regiões. O padrão é produzido inteiramente pelo desenho de quilting. Você encontrara eles descritos como “North Country Quilts” ou “Durham Quilts”. Os quilts típicos de Gales apresentam grandes desenhos de patchwork em tecidos ricamente coloridos em tons escuros. O resultado e freqüentemente pesado e vivo. No passado as camadas destes quilts eram geralmente de lã de carneiro ou lençóis reaproveitados.
Na América do norte, patchwork e quilting faziam parte da cena social, particularmente nas áreas rurais onde eram praticados desde os tempos da colonização. Para as mulheres que muitas vezes viviam em lugares isolados e mudando de um lugar para outro, patchwork e quilting eram simultaneamente uma ferramenta de sobrevivência, um escape social e em geral a única forma de expressão criativa. Um escape social devido a cooperação na montagem de itens grandes que era um motivo para convidar vizinhas a se juntar para alguma conversa, prazer e simpatia mutua enquanto usavam suas agulhas.
A característica americana de trabalhar em blocos certamente se desenvolveu pôr simples e práticas razões. Blocos são fáceis de carregar quando a família se mudava e eles podiam ser trabalhados em horas ociosas tanto em períodos de mudança quanto em espaços pequenos. Somente quando todos os blocos estavam completos era necessário achar espaço para montar e completar com a adição de bordas e quilting.
Evidentemente, colonos de diferentes origens trouxeram estilos e praticas de suas localidades.
Características que são visíveis nos trabalhos de hoje em dia. Os quiltis dos “Penylvania Deutsch” (erroneamente chamados de Dutch) pôr exemplo retém fortes características de seu passado na Alemanha, usando apliques de motivos populares semelhantes aos pintados nos seus moveis e casas.
É americano o quilting que tem tido uma enorme influencia nos anos recentes em volta do mundo, particularmente em lugares como Austrália e Japão. Nos anos 70, estudantes de profissões populares começaram a coletar patchwork quilts tradicionais. Eles não somente os coletaram mas os penduraram em paredes, fazendo as pessoas admirar e aprecia-los em parte pôr sua semelhança com certas pinturas modernas. Quando artistas têxteis começaram a ter interesse em quilts e faze-los para exibição em paredes mais que utiliza-los em camas, a arte quilt tinha nascido.
Existem muitas razoes para se fazer um quilt, assim como para as pessoas que os fazem. Eles podem ser simplesmente algo para manter as pessoas quentes. Eles podem ser agradáveis copias de velhos quilts, celebrando o passado ou inovadoras  interpretações destes, ambos como um tributo as habilidades do passado e uma de realizações do presente. Eles podem brincar com padrões e texturas pôr puro prazer, pelo exercício e pela beleza do resultado. Porque permanece assim tão popular? Justamente devido a sua versatilidade, patchwork e quilting é uma das poucas áreas de expressão que tem força de unir e satisfazer os que amam o usável e os que amam a beleza, os que amam o passado e os que olham o futuro. E que continue assim pôr muito tempo!
(in: “The Quilter’s Handbook”- Rosemary Wilkinson, That Patchwork Place)
Paz e Luz!
Laura